O abraço
Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem. O
contato nos deixa mais confortáveis e em paz.
O Dr. Harold Voth, psiquiatra da Universidade de Kansas, disse: O
abraço é o melhor tratamento para a depressão.
Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja
ativado.
Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta
mais jovem e mais vibrante.
No lar, um abraço todos os dias reforçará os relacionamentos e reduzirá
significativamente os atritos.
Helen Colton reforça este pensamento: Quando a pessoa é tocada,
a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. Hemoglobina é
a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos
do corpo, incluindo coração e cérebro.
O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças
e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade.
É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de
grande alegria, tragédias ou catástrofes.
Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terremotos,
enchentes e acidentes.
Homens, que jamais fariam isso em outras ocasiões, se abraçam e se
acariciam com entusiasmado afeto, depois de vencerem um jogo ou de realizarem
um importante feito atlético.
Membros de uma família, reunidos em um enterro, encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros,
embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.
O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro. Para abraçar é
necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro.
Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida. Mas se torna
difícil abraçar um estranho.
Sentimos dificuldade em abraçar um mendigo ou um desconhecido. E cada
pessoa acaba por descobrir, em sua capacidade de abraçar, seu nível de
humanização, seu grau de evolução afetiva.
É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, por
alguma razão misteriosa, ligamos ternura com sentimentalidade, fraqueza e
vulnerabilidade. Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos
abracem.
O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor.
É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e
quem recebe.
* * *
Você tem abraçado ultimamente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe,
seu filho?
Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?
Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com
um aperto de mão e um beijo formal?
A emoção do abraço tem uma qualidade especial. Experimente abraçar mais.
Vivemos em uma sociedade onde a grande queixa é de carência afetiva.
Que tal experimentar a terapia do abraço?
Redação do Momento Espírita, a partir
de adaptação do texto A importância do abraço, do Prof. Jorge Luiz
Brand e Rolando Toro Araneda, Biodança,
coletânea de textos.
Disponível no livro Momento Espírita,
v. 2, ed. Fep.
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