quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O DIA DE FINADOS NA VISÃO ESPÍRITA






O dia de finados na visão espírita

Dia dois de novembro é marcado pelo dia de finados, um feriado relacionado a morte. A Doutrina Espírita nos mostra que somos Espíritos eternos e imortais. Quando encarnados, temos o corpo físico, o corpo espiritual (o perispírito) e o Espírito.
Quando desencarnados, nos desligamos de nosso corpo físico. A vontade, a inteligência, as emoções, tudo está no Espírito. Portanto, logo percebemos que a morte como conhecemos não existe. Ninguém morre, no sentido de acabar. O espírito é eterno e imortal. A morte então é uma passagem do plano físico para o plano espiritual. Isso se dá para que desenvolvamos nossas qualidades morais. E embora tenhamos um grande desenvolvimento intelectual, a morte ainda não é bem entendida para a maioria de nós, mesmo os espiritualistas e até os espíritas, se tocarmos no sentido do apego. Embora o entendimento esteja na mente, o coração responde diferente.
Não é à toa que uma enorme quantidade de espíritos desencarnados expressarem suas dificuldades na vida de além túmulo, com relação as saudades de seus entes queridos, e vice-versa. E é este excesso de apego que cria situações extremamente desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio nos momentos de separação mais brusca.
Mesmo quem entende a morte, sofre a dor da separação. Porém, é preciso modificar a nossa ideia acerca da vida, que não se resume a vida material, mas essencialmente a vida espiritual. Nossos entes queridos são empréstimos de Deus para que possamos nos desenvolver cada vez mais. Mas que amor é esse, que desenvolvemos por eles, que em vez de pacificar nossa evolução, que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando com o peso da saudade?
O dia de finados deve ser visto então como mais um dia em que devemos elevar nosso pensamento a Deus, orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração, seja um alívio para aqueles que nós amamos e já partiram para a pátria espiritual.
A prece está entre os maiores bens que podemos fazer em benefício daqueles que já partiram, mas não é estagnada a apenas uma data no ano. Se quem partiu está na condição de sofrimento ou de perturbação, a prece será de grande benefício.
Se quem partiu está consciente, lúcido de sua realidade espiritual, da mesma forma, a prece chegará como um bálsamo ao coração de quem amou, pela lembrança e pelo carinho.


Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec:

321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos? "Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer."

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas? "Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento."


323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa? "Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração." ("O Livro dos Espíritos")




COMO PODEMOS AJUDAR OS QUE PARTIRAM ANTES DE NÓS? 
Envolvendo o ser querido em vibrações de carinho, evocando as lembranças felizes, nunca as infelizes; enviando clichês mentais otimistas; fazendo o bem em memória dele, porque nos vinculamos com os Espíritos através do pensamento. Além disso, orando por ele, realizando caridade em sua homenagem, tudo isso lhe chegará como sendo a nossa contribuição para a sua felicidade; a prece dá-lhe paz, diminui-lhe a dor e anima-o para o reencontro futuro que nos aguarda.

PODEMOS CHORAR? 
Podemos chorar, é claro. Mas saibamos chorar. Que seja um choro de saudade e não de inconformação e revolta. O choro, a lamentação exagerada dos que ficaram causam sofrimento para quem partiu, porque eles precisam da nossa prece, da nossa ajuda para terem fé no futuro e confiança em Deus. Tal comportamento pode atrapalhar o reencontro com os que foram antes de nós. Porque se eles nos visitar ou se nós os visitarmos (através do sono) nosso desequilíbrio os perturbará. Se soubermos sofrer, ao chegar a nossa vez, nos reuniremos a eles, não há dúvida nenhuma.

ENTÃO OS ESPÍRITAS NÃO VISITAM O CEMITÉRIO? 
Nós espíritas não visitamos os cemitérios, porque homenageamos os “vivos desencarnados” todos os dias. Mas a posição da Doutrina Espírita, quanto as homenagens (dos não espíritas), prestadas aos "MORTOS" neste Dia de Finados, ao contrário do que geralmente se pensa, é favorável, DESDE QUE SINCERAS E NÃO APENAS CONVENCIONAIS.

Os Espíritos, respondendo a perguntas de Kardec a respeito (em O Livro dos Espíritos), mostraram que os laços de amor existentes entre os que partiram e os que ficaram na Terra justificam esses atos. E declaram que no Dia de Finados os cemitérios ficam repletos de Espíritos que se alegram com a lembrança dos parentes e amigos. Há espíritos que só são lembrados nesta data, por isso, gostam da homenagem; há espíritos que gostariam de serem lembrados no recinto do lar. Porque, se ele desencarnou recentemente e ainda não está perfeitamente adaptado às novas realidades, irá sentir-se pouco à vontade na contemplação de seus despojos carnais; Espíritos com maior entendimento, pedem que usemos o dinheiro das flores em alimento aos pobres. Portanto, usemos o bom senso em nossas homenagens. Com a certeza que ELES VIVEM. E se eles vivem, nós também viveremos. E é nessa certeza que devemos aproveitar integralmente o tempo que estivermos encarnados, nos esforçando para oferecer o melhor de nós em favor da edificação humana. Só assim, teremos um feliz retorno à pátria espiritual.

http://grupoallankardec.blogspot.com.br/2010/10/o-que-o-espiritismo-diz-sobre finados.html

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