SOB A DEVASSIDÃO DAS DROGAS, É IMPERIOSO FORÇA DE VONTADE E FÉ EM DEUS
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Os
impulsos irresistíveis, o receio, o contentamento que surgem com cada dia sem
ajoelhar-se às drogas, têm inspirado a criação de páginas virtuais pelos
“escravos químicos”. Há viciados conectados a redes com dezenas de blogueiros
que explanam seus dramas para inúmeras pessoas que sofrem das mesmas agruras.
Os históricos gravados nos espaços cibernéticos expõem o progresso de alguns e
o desfalecimento de outros. Uma súbita interrupção de comentários na página
pelo criador do blog, por exemplo, é explicada como recaída ao vício.
Abonam
os especialistas que quando os dependentes químicos compartilham experiências,
na web por exemplo, guardam conexão com as mesmas terapias de grupos existentes
nos Narcóticos Anônimos (NA) e Alcoólicos Anônimos (AA). Na verdade, há
viciados portadores da ansiedade social, fobia social ou sociofobia (aversão
social), razão pela qual não conseguem se expressar em grupo de autoajuda. Por
isso os blogs podem amparar dependentes químicos que não conseguem dividir
experiências em público. Nesses ciberespaços são comentadas as experiências e
as angústias de uns e o triunfo de outros (ex-dependentes).
Muitos
blogs igualmente são construídos pelos “codependentes” (expressão empregada
para mencionar parentes e familiares que passam a (con)viver em função dos
viciados). Os parentes dos adictos, habitualmente adoecem. Há uma pressão
psicológica muito intensa sobre a família, que sobrevive sob constrangimento.
Nesse caso, expressar relatos nos blogs pode ajudá-los a desvendar que não são
os únicos a passar por esse tipo de situação. Compreenderão que outras famílias
convivem com dificuldades semelhadas.
Aproveitando
o importante debate sobre o desempenho dos blogs para confabulações entre os
dependentes químicos, é oportuno salientar, no contexto, que é mais fácil
evitar a instalação do vício do que lutar posteriormente pela sua supressão
(como proferem os membros dos AA’s: não há ex-alcoólatra). A questão assenta
raízes profundas na sociedade, animando medidas curadoras e profiláticas nos
círculos religiosos, médicos, psicológicos e psiquiátricos, necessitando de
imperiosa assistência de todos os segmentos sociais para (talvez) minimizar
seus efeitos calamitosos. Assim, faz-se cogente assentar a questão da
dependência química (principalmente a alcoofilia) no foco dos debates públicos.
Até porque o problema da consumação das drogas lícitas e/ou ilícitas precisa
ser atacado sem trégua, a fim de que sejam encontradas soluções para a complexa
epidemia da químio-dependência.
Óbvio que é importante a utilização de um espaço virtual para desabafos sobre
as aflitivas lutas contra o vício. Por falar em terapêuticas, existem várias
maneiras paralelas de ajuda aos que dependem da droga: tratamento médico,
terapias cognitivas e comportamentais, psicoterapias, grupos de autoajuda
(Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos etc.). Na opinião dos especialistas
da área, o tratamento do dependente de drogas não requer internação, na grande
maioria dos casos, pois as respostas não têm sido favoráveis a que eles apresentem
melhora nessas condições de isolamento, distantes do convívio familiar. Muito
pelo contrário, constatam a ineficiência do tratamento nessas condições, com um
significativo aumento do consumo a que os dependentes se lançam após saírem da
clínica.
Para
todo dependente químico existe um tratamento específico. Quando a dependência é
única e exclusivamente física, esta é anunciada nas crises de abstinência com
reações de menor expressão, e a cura é relativamente fácil. Porém, quando a
dependência é psicológica, as reações são bem mais agressivas e a cura requer
muito mais tempo. Daí a necessidade da compaixão, da renúncia e do irrestrito
afeto familiar.
Apresentando
ao tema uma abordagem espírita, compreendemos que muitos que desencarnam sob o
quanto da dependência química permanecem presos ao vício nas deprimidas regiões
do além-tumba. Normalmente tais infelizes seres acoplam-se aos seus afins (os
usuários de drogas encarnados), imantando-se aos seus perispíritos a fim de
sugar as emanações perniciosas derivadas do consumo das drogas.
As
energias deletérias dos viciados do além podem, em longo prazo, causar nos
viciados encarnados distúrbios orgânicos graves, tais como: câncer de pulmão,
problemas no fígado, no aparelho circulatório, no sangue, no sistema respiratório,
no cérebro e nas células, principalmente as neuronais, devido ao
enfraquecimento dos centros vitais do viciado, ainda encarnado. Portanto, os
efeitos destruidores dessa subjugação são tão intensos que extrapolam os
limites do organismo físico da vítima de “cá”, alcançando e danificando
substancialmente o equilíbrio e a própria funcionalidade do seu perispírito.
Em
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indagou à Espiritualidade se o homem
poderia, pelos seus próprios esforços, vencer suas inclinações más. Os
Espíritos, de maneira objetiva, responderam afirmativamente, esclarecendo que
“o que falta nos homens [sobretudo os dependentes químicos] é a força de vontade
e a legítima fé em Deus.”
Pelo
exposto, sugerimos a todos os sobrepujados pelos vícios (de “cá” e do “além”) o
estudo e o exercício do bem, tendo como roteiro os códigos do Evangelho de
Jesus. Rememoremos que Ele mesmo disse: “vinde a mim todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as
vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
Fonte: http://aluznamente.com.br
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